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quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Rainha da Serra, planta endêmica da Serra do Sincorá.


  A M. bahiensis é componente da família Apocynaceae, descrita por M.F. Sales.  As Apocynaceae possuem distribuição predominantemente pantropical, mas com poucos representantes também na região temperada. A família inclui aproximadamente 400 gêneros e 3700 espécies. No Brasil ocorrem cerca de 95 gêneros e 850 espécies (Souza, Vinícius Castro 2008).
Mandevilla bahiensis. Foto: Vítor Sales
   A Rainha da Serra é rupícula, se fixa em substratos rochosos de arenito através de uma raiz axial-tuberosa. Sendo assim essa espécie é altamente especializada a viver em ambientes de campos rupestres, que são ecossistemas de altitude (a partir de 900 metros), com topografia acidentada, aflorações rochosas e uma camada de solo curta. Além de baixa capacidade de retenção de água, por ser constituído por rochas sedimentares. Suas estações são bem definidas, tendo o período de dezembro a março como estação chuvosa e os meses de abril a outubro como estação seca. Apresenta uma pluviosidade relativamente baixa, predominando chuvas orográficas. O sistema apresenta uma fisionomia floral com predominância de organismos de porte herbáceo e arbustivo.
  Sendo assim a Rainha da Serra apresenta endemismo na região de campos rupestres na Serra do Sincorá, com uma altitude de cerca de 900 a 1.300 metros de altitude. Serra a qual pertence ao supergrupo do Espinhaço, que surge desde o estado de Minas Gerais e chega ao centro do estado da Bahia, é formada essencialmente por conglomerados e rochas quartizito-areníticas, intercalados de solos arenosos e ácidos.
  A grande quantidade de reserva energética deve-se ao desenvolvimento típico de raízes tuberosas com o alto grau de proliferação de parênquima de reserva (amiloplastos) e com cambio vascular produzindo pouco xilema e floema secundário, limitados a uma região central. Especializações eficientes para um ecossistema com restrita disponibilidade de água pela sazonalidade da chuva e pela baixa capacidade de retenção de água, característica da região evidentes na Serra do Sincorá.

Texto por: Vítor Sales

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